Empatia nas redes sociais
- giselesocastro
- 15 de out. de 2019
- 2 min de leitura
A empatia é uma competência fundamental nos campos pessoal e profissional da nossa vida. Mas o que realmente é empatia?

Empatia é saber colocar-se no lugar de outra pessoa, procurando enxergar os fatos a partir do seu ponto de vista. É entender as necessidades e as convicções daqueles com quem convivemos e, dessa forma, estabelecer um relacionamento de qualidade, que valoriza as particularidades de cada um.
Intimamente ligada ao altruísmo, a empatia estimula a vontade de as pessoas ajudarem umas às outras e pressupõe uma comunicação afetiva entre elas: uma identificação.
Muito se fala em empatia nos dias de hoje, mas pouco se pratica. Essa realidade é ainda mais premente no ambiente virtual, que se tornou um canal para disseminação de ódio e intolerância, de forma ampla e irrestrita. Hoje, todos têm voz e, muitas vezes, falam sem pensar nem medir as consequências das suas afirmações. São críticas maldosas, comentários agressivos, acusações sem fundamento, que se propagam na velocidade da luz e machucam as pessoas que são gratuitamente vitimadas.
Aaron Balick, psicoterapeuta, palestrante e autor americano, afirma que “as redes sociais reduzem a noção de vergonha das pessoas. Esses usuários geralmente estão pensando mais nas curtidas que a postagem vai receber, sem ponderar como essa postagem pode fazer os outros se sentirem". O especialista ainda faz um alerta: “As redes sociais, ajudadas e instigadas pelas tecnologias móveis, geralmente ignoram nossos sistemas de autocrítica e nos dão uma sensação de onipotência que pode ter sérias consequências na esfera social".
Um grande perigo desse comportamento inconsequente é a piora de quadros de depressão. Pessoas com distúrbios emocionais, já fragilizadas, podem não conseguir lidar com a falta de empatia nas redes sociais, tendo os seus quadros aguçados de maneira preocupante. Muitas vezes é um caminho sem volta.
Em maior ou menor escala, a falta de empatia traz prejuízos imensuráveis na vida das pessoas. Por isso, é preciso pensar muito antes de falar, sobretudo quando estamos lidando com a internet e a amplitude que ela proporciona.
Mesmo quando não é natural, a empatia pode ser praticada: basta que treinemos, dia após dia, a nos colocar no lugar do outro, tentando sentir as suas emoções e procurando medir as consequências dos nossos atos a partir dessa perspectiva.




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